terça-feira, 6 de outubro de 2015

O Vale Sagrado do Turismo

Depois de alguns dias me cobrando para fazer algum pacote, fui cedo para uma agência que havia fechado para fazer o vale sagrado. Lembrando que para visitar esses sítios arqueológicos você tem que ter um boleto vendido pela prefeitura de Cusco. Super fácil de achar, tem em todo lugar.

Partimos cedo de van para a primeira atração, que era Pisac. Estava um tempo bem feio, e infelizmente nessa atração pegamos chuva. Já bem de início conheci um casal de italianos e um casal de brasileiros, o que foi ótimo para não ficar perambulando sozinha pelas atrações.
Pausa para falar que, tudo, tudo em Cusco é uma oportunidade de turismo a ser aproveitada. Do passeio que fiz e vou descrever, foram 3 paradas em locais arqueológicos e 3 locais disfarçados... Se mostra da cultura,  para tentar vender ela depois. Mas vamos lá!
Dentro da van o guia falava inglês e espanhol ao mesmo tempo, o cara era boooom!  Ele ia nos contando os fatos históricos e orientando por onde estávamos passando.
Primeira parada era, com 20 min de viagem, era para "ir ao banheiro" numa mini feira na beira da estrada. Comida e artesanato para a galera. E lhamas para fotografar a custo de contribuição voluntária Hahaha lembre que tem que ser mais que 2 Soles.

Ok, voltemos ou chegamos a Pisac.

Com  chuva, o guia nos explicou tudo sobre o local, o pq do povo adorar fazer essas escadas, e todos os detalhes... eu não tô aqui para falar de tudo disso, então se tiver interesse, da um Google. Mas a título de não parecer grossa, todo local que fomos tem essas construções com "escalones", e eles fizeram isso por 3 razões.
1 - para deixar a montanha mais estável,  evitando desmoronamento ou diminuindo o estrago deles.

2 - para o cultivo de diferentes espécies de plantas, criando micro ambientes onde os degraus inferiores tem temperatura mais alta e os superiores, mais baixas - o que fez deles super eficientes em desenvolver e cultivar novas espécies. Lembrem que eles possuem milhares de tipos de milho e centenas de tipos de batatas.

3 - estético - os reis incas eram exigentes em suas obras e as escadas eram o último grito na época deles.

Eu acrescentaria um 4° motivo. Acho q eles fizeram pensando que anos depois a gente ia ter que subir tudo isso aí,  e quiseram botar a dificuldade em nível Hard.  Porque o guia dizia "vamos subir só até ali para uma explicação", e o "até ali" eram 100 degraus, 3 mini ataque cardíacos,  uma visão turva e uma vontade imensa de uma escada rolante.


Mas claro, tudo compensa quando você vê e entende a maravilha e genialidade desse povo. É muito louco imaginar que eles fizeram tudo, TUDO isso sem ferramentas que temos hoje, no braço, na raça, e ainda tá tudo aí pra gente apreciar, mesmo com terremoto, ataque espanhol e milhares de turistas passando por aí todos os dias.

Depois da chuva em Pisac,  e de ter 15min apenas para dar uma olhada em tudo depois da explicação do guia, corre pra van que vamos conhecer la plata.

E lá se foram 40 minutos numa loja de artigos de prata. Uns 10min no máximo para nos explicarem o processo, e 30min para aproveitar a loja anexa, que é a que vende a prata de verdade todo o mais no es confiable. 

De lá, partimos em direção a Ollantaytambo. Pausa de 40 min. Para o almoço. 
Não fechei o pacote turístico com almoço e almocei com o casal querido de brasileiros por 17 Soles o tradicional, gigante, amansa gorda, pollo com papas, ou frango com batata frita.
(Tô tentando achar a foto para colocar aqui - frango bom demaaaaaaaaais)

Achei:


Despues do almoço,  partiu para Ollantaytambo. Tinha sol, tinha ventinho,  tava perfeito! É nessa cidade que muitos ficam para ir para Águas Calientes,  e assim, Machu Picchu. 

Ollantaytambo não é impressionante só pelas construções incas, a paisagem, com montanhas para todos os lados, deixa qualquer um de boca aberta. É uma natureza sem igual e muito imponente.





Depois do sol começar a se esconder atrás de uma montanha e novamente termos que correr para percorrer o local e já voltar para a van, partiu mais uma atração "cultural".

Quase no cair da noite caímos em uma comunidade de produção têxtil. Tivemos uma explicação de uns 5min. Sobre como se tira a lhã da lhama, como se lhava a lhã da lhama, como se colhore a lhã da lhama, enfim... Até ela virar lhoupa ou outros itens. 
E aí,  novamente 20 min. Para prestigiarmos o artesanato local a preços salgados! Fique muito ligado ao fazer compras, já falei, tem que pechinchar,  mas é comum que as "lujinha" vendam os mesmos itens com diferenças maiores que a alta do dólar. Amigos do hostel comprar coisas iguais com grandes diferenças de preço, ou lã sintética pensando que era de alpaca baby, que dizem ser a melhor. Não compre no impulso, para, sinta, prove,  pechinche, observe o que vai na sacola e aí leve.

Depois dessa visita, ainda tínhamos uma atração arqueológica. Porém, estava completamente escuro! Foi ali que fiquei puuuuta de ter parado nas atrações culturais. Muitos saltaram da van, eu, a menina do casal de brasileiros e uns outros ficamos na van. Cansados e pensando "como vamos ver a construção Inca no escuro?"
E realmente falaram que não dava de ver nada, mas que valeu a explicação do guia.
Viemos de volta para Cusco é foi noite de bar do hostel novamente, com muita música local e gente de todo o mundo!


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